A Conexão Íntima de Zoe Saldaña com o filme Elio, da Disney-Pixar
- Every Media Productions
- Jul 2
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Entenda como a história de um menino que sonha em ser abduzido se tornou tão significativa para a vencedora do Oscar e estrela de Avatar e Guardiões da Galáxia.
Por Fábio Borges, em Hollywood.
No novo longa de animação da Disney-Pixar, Elio, acompanhamos a jornada de um garoto que acredita que a única forma de lidar com sua dor é deixar a Terra para trás. Órfão, criado pela tia Olga, Elio vive com o vazio deixado pela morte dos pais e a convicção poética de que talvez só seres de outros planetas possam entender seu sofrimento.
A atriz Zoe Saldaña, vencedora do Oscar e que dá voz à tia Olga, comentou em entrevista como a história a tocou profundamente: “Eu me identifiquei muito com esses temas. Quando eu era criança, perdi um dos meus pais, então consigo me ver bastante no Elio.”
Zoe também compartilhou como, agora que é mãe, se emociona ainda mais com a coragem das crianças: “Também vejo como meus filhos são tão corajosos toda vez que saem, fazem um novo amigo, recomeçam, tentam um esporte novo ou enfrentam bullying. Eles são meus maiores heróis, e eu aprendo muito com eles.”
A essência de Elio é a busca universal por aceitação. O Chief Creative Officer da Pixar, Pete Docter, resume assim: "Todo mundo, em algum momento, sente que não pertence. Que ninguém se importa. Este filme diz que você não está sozinho. Há conexão."
Técnica e Arte: Como Elio Eleva o Padrão Visual da Pixar
Visualmente, Elio é um espetáculo que mistura referências clássicas a toques de inovação tecnológica. A proposta era criar um cosmos translúcido, luminescente, povoado por criaturas que parecem ter saído de uma gota d’água vista ao microscópio. A produção utilizou técnicas curiosas: macro-fotografia em aquários, experimentos com óleo e água em copos de vidro para simular partículas cósmicas.
O presidente da Pixar, Jim Morris, explicou: "Foram cinco anos e meio desenvolvendo essa história e esses visuais."
Por Que Vale Assistir
Elio não é apenas mais uma aventura colorida do estúdio. O filme abraça com delicadeza questões como luto infantil, bullying, coragem emocional e a construção de laços genuínos. Não é difícil se ver nesse menino de tapa-olho, disposto a tudo por um sentido de pertencimento.
Sobre o Autor:
Fábio Borges é jornalista e correspondente nos Estados Unidos desde 2009. Com mais de 3 mil reportagens em diversos países, trabalhou por 18 anos na RedeTV!, produziu e colaborou com TV Globo, Record TV, Band, SBT, UOL AOL e Revista Lounge. É credenciado pela Motion Picture Association e Departamento de Estado dos EUA. Desde 2019, é palestrante convidado na Universidade UCLA.
